Indy Vandark

sábado, 19 de janeiro de 2013

Os Anjos Invadiram o Inferno


Queria sentir o vento me tocar nas alturas do céu. Isto está na eminência de querer e não de poder. Á vista disso, talvez, não é bem isso que quero dizer.
Queria ter asas, para poder ser um anjo, cujo anjo liberto, voar livremente. Compreende?
Mas sou apenas mais um, porém, um único.
Vivo intensamente, sem medo de errar, faço o que desejo, isso gera os meus defeitos, Portanto, talvez, sejam esses desejos que a me tornam má.
Mandaram-me escolher um caminho e prometeram-me a liberdade, mas na vida que vivo, promessa é falsidade.
Deram-me um bombom da liberdade, me prometeram asas, e nesse caminho segui completamente entregue, como se eu estivesse de olhos vendados, caminhando a caminho de um presente prometido.
Mas era o caminho errado, disseram-me que era o paraíso certo, mas os homens disfarçados me abriram a porta do inferno.
Foi aí que aprendi, dei conta que existem pessoas falsas que tem o poder de fazer qualquer um otário acreditarem, apenas com simples palavras de promessa. Oh maldita hipocrisia. Vi-me em uma cena igual a da Branca de Neve enganada pela aquela maldita velhinha, ou o da Chapeuzinho Vermelho enganada pelo fedido Lobo Mal. Comparando os três, talvez, o meu caso é pior. Avassaladoramente fui enganada, dentro daquele bombom tivera uma granada.
Malignidade. Talvez um dia eu aprenda.
O que fizeram de mim? Esse lugar define um suplício tormento infligido a alguém.
Aqui não existe dia. Apenas longas noites escuras e tonantes. Talvez eu até gosto disso, mas nem tanto. Eu tenho uma forte atração pela obscuridade e o ocultismo. Mas nada sério, como quando julgaram uma pobre garota de ser doentia, por apenas admirar o inferno e os males que existem no mundo obscuro.
Mas eu estava cercada por farsistas, pessoas que queriam meu mal, eu tive a certeza de que me trouxeram para o inferno, quando aquela espécie desumana me atirou fogo abaixo, querendo queimar toda a digna paz que existia sobre mim. Eram eles, os filhos do satanás, eram todos diabólicos. E não os julgo de pessoas, e sim, de espécie, espécie do mal.
Meus anjos me viram chorar, e lá eles foram tentar me salvar. (Talvez essa parte dos anjos seja entendida como um simples conto estúpido, mas são esses anjos que vão dar o significado a entender da história).
A batalha começou. Anjos e demônios, em plena virtude de vencer uma imensa batalha. Senti o tremor. Capaz de abalar as estruturas daquele lugar infernal.
Mas a força do mal, naquele caso era maior, e aquelas imundas espécies, prenderam meus anjos sem dó.
Para mim foi o fim da estrada. As asas dos anjos foram cortadas. Eles não poderão voar de volta para o céu. E nesse momento, estava eu, a observar um misterioso enigma, pois, as tais espécies me ofereceram as asas para eu poder voar no escuro céu. Como prometido. Tudo o que eu queria era voar. Mas se eu escolhesse as asas, meus anjos iriam ser queimados.
Já estava tudo perdido, e naquela situação eu pensei como o nerd emo Light Yagami nas suas decisões, do Anime Death Note. Pensei negativamente: “Se eu não escolher as asas, não vou poder realizar meus desejos, e assim continuarei aqui, neste sombrio lugar, com meus anjos derrotados pelos demônios, sem poder me salvar.” Continuei a pensar desta vez positivamente: “Se eu escolher as asas irei poder voar , não só poder realizar o meu desejo, como também poder me livrar deste lugar, pois voando, do inferno poderei sair. E enquanto aos meus anjos, a missão deles é me salvar, ou seja, eu escolhendo as asas para poder me livrar, meus anjos estarão automaticamente me salvando.” Tiro a conclusão que o segundo pensamento será o melhor para mim.
Escolhi as asas, e em minha frente os meus anjos, no qual posso julgar guardiões, vi todos sendo queimados pelo fogo do inferno. Aquela imagem pairou em minha mente. E se eu fiz a escolha errada? Meus anjos se arriscaram por mim, e o que eu fiz por eles? Nada. Apenas nada. Pensei apenas em mim.
Realizei o meu desejo, como prometeram aqueles homens desconhecidos. Lentamente asas mutavearam em mim. Senti meu corpo se transformando, e fui me distorcendo sem dor, senti aquelas asas crescerem lentamente sobre as minhas costas.
- Tornei-me um anjo? É isso?
Perguntei aquela espécie desumana que me observava a cada movimento.
E com uma voz rouca ele disse lentamente
- Sim, porém, talvez não.
Por mais que eu tentasse, não iria saber o que aquela frase significava. Era algo sem sentido.
Tudo o que eu queria era voar livre, e já que eu tinha as asas pensei em fugir dali. Rapidamente abri as asas, peguei impulso, mas não consegui desta vez. Precisava levar um bom tempo para se conseguir, e finalmente se acostumar.
Finalmente estava eu voando, livre como um pássaro no céu. Mas haveria de ter algo errado. Como eu iria sair daquele lugar?
Por mais que eu continuasse voando, por mais longe que eu chegasse eu continuaria exatamente no mesmo lugar. No inferno.
Foi aí que aquela horrível espécie desumana me falou:
- O que você está tentando fazer demônio de asas? Você não pode fugir daqui, pois no inferno também existe céu.
Aquelas palavras me fizeram tomar um grande choque, e despenquei do alto.
- Como assim? Eu, demônio? Irei viver aqui para sempre?
Perguntei apavoradamente.
- Sim, pois, os únicos que poderiam lhe salvar, eram os seus anjos. Mas como você escolheu a morte deles, por culpa dos desejos, não há salvação. E isso fez com que você se tornasse um demônio. Você é um de nós, aqui é o seu lugar.
O enigma era esse. Hoje vivo eternamente presa sob o céu do inferno. Eternidade é pouco para dizer o quão tempo irei de passar lá.
E só assim aprendi que asas não significam liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário